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quarta-feira, 11 de maio de 2011

ODE AOS NAVEGANTES QUE DESABAFAM

Acalanto,
Aconchego.
Sonho bom.
Nada de mau.

Tudo normal,
Afinal,
Estamos aqui para ensinar e propagar,
Entre outras coisas,
Também o bem-estar.

O conseguir,
O realizar,
O satisfazer de nossos sonhos mais íntimos.

Sim, intensos e fortes eles o são,
Como a ti e a todos os que comungam destes mesmos propósitos,
Também o são.

Fortes, para suportar a tudo isto,
Fortes, para processar a tudo isto,
Fortes, para conciliar tudo isto, tão grandioso,
Com as pequenas, aparentes, necessidades do dia-a-dia.

Sábios para de toda dor,
Geradas pelo pavor,
Ou pelo rancor,
Ou ainda, pelo desamor,

Transmutar em ardor,
Intenso Amor,
Real sentimento que tudo muda,
E assim, possibilita,
Que uma nova rota seja traçada.

Para que a essência dos sonhos juvenis,
Não confunda-se apenas a devaneios pueris,
E continue a ser exaltada,
Reverenciada,
Celebrada.

E enfim, em doce e pura realidade,
Uma vez mais,
Seja tornada.

Palavras, palavras, palavras...
Devem ser sim, transmutadas,
À luz do bom-senso,
Em sábias e acertadas decisões.

E sobretudo, bem direcionadas elas serão,
Sempre que provierem,
Do coração.

Assim, nenhum erro há!
Como poderia haver algum?
Não, não há!

Se ocorrem desvios no caminho,
Atalhos ou devaneios circulares profanos,
É porque o que aparenta um desvio,
É na verdade o novo rumo do navio,
Que apenas segue seu destino.

Cruzando os mares das vicissitudes humanas,
Norteando-se pelos faróis de luz,
Que sempre mostram-se ao longo do caminho,
Impedindo que os navegantes fiquem perdidos,
E sempre (re)encontrem seu caminho correto.

Que lhe trarão a conclusão de suas rotas navegantes,
Andantes,
Flutuantes.

Com a melhor das coroações sequer por eles almejada,
Com um quê de surpresa e felicidade,
Ficarão aqueles que conseguirem conduzir seus barcos,
Sãos e salvos,
Aos portos das suas cidades,
Destino.


Autor: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

REFLEXÃO SOBRE A FLORESTA INCANDESCENTE

Ainda que nem sempre se possa ver,
As chamas das desigualdades são pungentes,
Cortam, ferem,
Queimam, mutilam,
Destróem sonhos e ideais.

Revoltam e ardem n´alma de todos aqueles que são impedidos de erguer-se,
E ao contrário, forçados são ao chão confinar-se,
Por pura inveja e maldade daqueles que já estão no alto,
No topo de suas fraquezas e vulnerabilidades humanas.

Mas há outras formas de resolver este impasse,
Das inquietações na floresta,
Surgem debates,
Surgem discussões,
Calorosas, frígidas,
Todos se mobilizam.

Cada qual a sua maneira e potencialidades,
Latentes ou afloradas,
Magnânimas ou nojentas,
Asquerosas,
Pérfidas,
Sórdidas,
Fedorentas.

Cada um defenderá o seu quinhão,
Como quem defende o seu próprio território.
Alguns poucos conseguirão,
O sentido universal da disputa,
Captar,
Ouvir Seu doce sussurar,
Dar-Lhes-ão ouvidos,
E engrandescer-se-ão.

Como filhos do Homem serão chamados,
Como filhos de Deus serão aclamados,
Como filhos da Terra serão erguidos,
Como filhos do Cosmos serão lembrados.

E serão estes, poucos a princípio,
Muitos no passar das carruagens incandescentes,
Que unidos como um,
Suportarão a todas as vicissitudes,
Recordar-se-ão de todas as lições,
De todas os bons e maus exemplos que aqueles que já se foram,
Lhes deixaram.

E à luta não fugirão,
A grande batalha travarão,
Seus novos limites e filhos,
Doce e fortemente, defenderão.

E eis que o novo tempo ficou para trás,
Resta agora apenas o presente,
Doce presente de Deus,
A nós legado.

Mostra-se ele em tons de leve dourado, nas bordas.
No centro, áureo é o seu luzir.
No todo, resplandece forte e pleno.
Suportando todo o novo Éon,
Que já chegou.

Autor: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)