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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

HINO VÉDICO DO CONHECIMENTO ETERNO

De muito longe, hoje por aqui fulguras,
No lindo espaço, do florão da América,
Por aqui surges,
Pleno de Luz.

Pleno de Poder,
Pleno de Alegria,
Justa Santificação,
Justa União.

Plena Justaposição,
Dos opostos de outrora,
Que se fizeram Um,
Om, no Agora.

Ao Daime, segue meu louvor,
Por contribuir para acalmar e acabar,
Com tanta dor,
E permitir nosso regresso ao Lar.

Através de Suas doces e santas harmonias,
Lindas e Sacrossantas reverberações acústicas,
Trilaram em minha mente, espírito e corpo físico,
Anunciando Sua chegada à mim,
Permitindo minha comunhão em Ti.

Assim o foi,
Como Lhe vi,
Através da música, “Sri Krishna Chaitanya”,
Como Lhe senti.


Att.,

Wanderley Marcos do Nascimento
(Relato de uma Experiência Mística, definida como Kensho na tradição Zen Budista, e que refere-se a primeira percepção da Natureza Búdica ou Verdadeira Natureza, ocorrida durante uma Cerimônia do Santo Daime, na Igreja Céu de Curitiba, em Curitiba-PR, em meados de 2006.)
Curitiba – PR, 08/11/2010 – 2ª F. – 11:39 - Manuscrito e digitação;
Curitiba – PR, 01/12/2010 – 4ª F. – 13:25 - Complementos;
Curitiba – PR, 02/11/2011 – 4ª F. – 19:00 - Comentários finais e publicação.

Santo Daime, Um Agradecimento Eterno

Do fundo do meu coração aprendiz, busco inspiração para estas linhas traçar e com outros amigos e irmãos de caminhada, minhas lindas e singelas experiências com o Daime, compartilhar.

De início muita resistência tive. Lia e ouvia sobre ele com desdém e medo. Medo do desconhecido. Medo do que se ouve falar. Medo de se perder, se contaminar. Sim, pois muita coisa chula e vã, fala-se sobre ele.

Diz-se, por exemplo, que contém substâncias alucinógenas e que causa dependência, em uma última tentativa cartesiana de impedir seu avançar, para toda a nossa grande humanidade, ajudar, curar, equilibrar e despertar.

Enfim, com outros irmãos(ãs) de caminhada a me auxiliar, resolvi experimentar, afinal, já tinha buscado tantos tratamentos e curas, para os males que assolavam minh’alma, que já não fazia mais sentido ao Daime negar.

Assim, sozinho e solitário o Daime experimentei, lá pelos idos de 2005/2006. E quando das mãos singelas de minha Querida Amiga Cátia, o recebi, em uma manhã (após cumprir meu turno de trabalho noturno como Técnico Industrial em Eletrônica), no embrião do que é hoje a Igreja Céu de Curitiba – outrora ainda apenas local para tratamentos alternativos e parapsicológicos – desejei que meu organismo bem o recebesse e que nenhum dos benefícios obtidos por outros tratamentos fosse por ele estragado e ao invés disto, fossem eles sim, complementados.

E assim foi. Todas as minhas melhores expectativas, superadas foram em mais de 1000%. De súbito mergulhei em mim. E pude ver quem eu era e o que vim aqui fazer. De súbito brotaram de minhas mãos, pés, pernas e braços, antigos movimentos milenares, das artes do Yoga, sem nunca tê-los cultivado, até então, nesta existência. De súbito pude sentir a presença dos Amigos de caminhada, desta e d´outras existências.

De súbito e com o tempo; assim as coisas acontecem no Daime. A cada nova experiência, as sensações, os esclarecimentos, as curas e o enorme discernimento que de tudo isto surgem, aumentavam. E cada vez mais belos e plenos ficavam.

Curas pessoais, físicas, orgânicas, celulares, mentais, psicológicas, neuronais, gástricas, familiares, sociais, planetárias, cósmicas e de relacionamentos, são ali tratadas.

A cada nova ingestão, uma nova faceta de seu ser lhe é revelada, tratada, limpa, curada.

E quanto mais puro é o coração do buscador da Luz, maiores os níveis de Ascenção aos quais o Daime lhô conduz.

Níveis estes que uma vez alcançados, jamais podem ser abandonados. Devem sim, é verdade, ser constantemente cultivados, respeitados, aprimorados.

Novas metas e objetivos, por lá traçados, são aos poucos trabalhados e conquistados; no mundo da forma, a sacrossanta força do Daime continua a dar o seu recado iluminado.

E isto ocorre naturalmente, sem que, necessariamente, o buscador da Luz deva, novamente, o Santo Daime ingerir.

E uma vez que os objetivos pessoais de evolução tenham sido atingidos e outros elaborados, vívidas e lúcidas permanecerão na sua memória, por toda sua existência, todas as principais vivências que nas Cerimônias do Santo Daime, viveu, sentiu, tratou e curou; todos os laços sagrados de Amizades que fez e se lembrou.

E o livre acesso aos reinos interior e cósmico, estará preservado, desde que por lá tenha sido conquistado, por merecimento e graças divinas.

Assim, caem por terra as teorias de dependência: química, física ou espiritual, que tantos céticos e espiritualistas incautos, apregoam; e que tantos males causam ao afastar por tempo indeterminado do contato com o Daime, aqueles que dele tanto poderiam ter se beneficiado.

Por fim, posso e devo dizer que o Daime é lindo!!! Que ele é uma grande dádiva, uma grande fonte de bençãos e graças, um grandiosíssimo presente que nos foi outorgado por Deus, neste limiar de transição de ciclos Cósmico-Planetários a que estamos submetidos atualmente.

Ele acelera nossa colheita, daquilo que temos plantado e cultivado com tanto Amor e Carinho, ao longo de Todas as nossas existências, desde os tempos mais imemoriais e facilita-nos o contato e auxílio com todos os grandes Mestres e Seres de Luz que por aqui já passaram e que de novo aqui estão, a nos auxiliar na implantação do Grande Paraíso na Terra, do Novo Tempo de Regeneração, da Grande Nova Era de Ouro de Saint Germain!!!

Meus sinceros agradecimentos a todos estes Grandes Mestres e Seres de Luz, que congregam em caráter puramente ecumênico, em suas melhores formas e essências, a Doutrina do Santo Daime.

E em especial agradeço a Divina Mãe Maria, a Rainha dos Céus, que nos revelou este Divino Presente e que, com seu Divino Carinho e Cuidado de Mãe, nos conduz e preserva nos melhores caminhos a serem seguidos por cada um de nós.

E onde está Maria, está também a Divina Luz de Seu Filho, Jesus Sananda, O Cristo Misericordioso, Irmão e Amigo, ao qual também agradeço especialmente por todas as manifestações pessoais de Amor, Luz, Carinho e Apreço, compartilhando comigo um pouco de Sua Imensa Luz e Sabedoria, conduzindo-me nas sendas do despertar de meu Coração Crístico.

Agradecimentos especiais também às manifestações de Seres de Luz da Natureza e dos Irmãos e Amigos Índios; aos Irmãos e Amigos dos Reinos Angélicos e Arcangélicos; aos Mestres da GFBU (Grande Fraternidade Branca Universal) e aos Irmãos e Amigos Kardecistas.

E finalizando estes agradecimentos, louvo a glória de outras formas de Deus, também manifestas e cultuadas no sacrossanto advento ecumênico do Santo Daime, nesta abençoada Igreja Céu de Curitiba, tais como Krishna, Rama, Shiva e Buda.

Que Assim Seja!!! Assim Será!!! Assim É!!!



Att.,

Wanderley Marcos do Nascimento
Email: wandermn@ig.com.br
Curitiba – PR, 17/01/2009 – Sáb. – 20:16 (manuscrito inicial);
Curitiba – PR, 02/12/2010 – 5ª F. – 13:11 (digitação e complementos);
Curitiba – PR, 02/11/2011 – 4ª F. – 16:03 (complementos).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CORPUS CHRISTIS, RENOVADO

Hoje, Tu és lembrado!
Por todo lugar, calçada e telhado,
Lembram de Ti,
Falam de Ti,
Oram a Ti.

Lindos e singelos tapetes vermelhos, decorados,
São erigidos em Seu nome e homenagem,
Cedo levantam,
Mas poucos despertam,
De fato,
Para ouvir o recado,
Que a tempos ecoa de Seu coração emancipado:

"Deixai vir a mim os meninos,
E não os impeçais,
Pois dos tais é o Reino de Deus.
"

E assim, cegos de corpo e coração,
Surdos, de tímpanos e intuição,
Apenas recordam velhas palavras, de um velho livro.

Poucos são os que realmente,
Lhas enxergam com a real magnitude,
Que inspiram e instruem,
E seus liames corpóreos, transcendem.

Estes, são os que realmente Me agradam e servem,
Para que Meu doce recado, iluminado,
Seja de fato, renovado,
Cumprido e revigorado.

Estes são os que de fato Me ouvem e vêem,
Falando-lhes, através de cada criatura,
Humana, animal, vegetal ou mineral,
Ou mesmo angelical,
Doce culminar, magistral.

Que a todos possibilitado está,
Desde que queiram, de fato,
A este caminho de Despertar,
Se dedicar.

E toda sua extensão e curvas,
Superar,
A linha de chegada,
Vizualizar,
E linda e honestamente,
Cruzar.


Autor e Canalizador: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ODE AOS NAVEGANTES QUE DESABAFAM

Acalanto,
Aconchego.
Sonho bom.
Nada de mau.

Tudo normal,
Afinal,
Estamos aqui para ensinar e propagar,
Entre outras coisas,
Também o bem-estar.

O conseguir,
O realizar,
O satisfazer de nossos sonhos mais íntimos.

Sim, intensos e fortes eles o são,
Como a ti e a todos os que comungam destes mesmos propósitos,
Também o são.

Fortes, para suportar a tudo isto,
Fortes, para processar a tudo isto,
Fortes, para conciliar tudo isto, tão grandioso,
Com as pequenas, aparentes, necessidades do dia-a-dia.

Sábios para de toda dor,
Geradas pelo pavor,
Ou pelo rancor,
Ou ainda, pelo desamor,

Transmutar em ardor,
Intenso Amor,
Real sentimento que tudo muda,
E assim, possibilita,
Que uma nova rota seja traçada.

Para que a essência dos sonhos juvenis,
Não confunda-se apenas a devaneios pueris,
E continue a ser exaltada,
Reverenciada,
Celebrada.

E enfim, em doce e pura realidade,
Uma vez mais,
Seja tornada.

Palavras, palavras, palavras...
Devem ser sim, transmutadas,
À luz do bom-senso,
Em sábias e acertadas decisões.

E sobretudo, bem direcionadas elas serão,
Sempre que provierem,
Do coração.

Assim, nenhum erro há!
Como poderia haver algum?
Não, não há!

Se ocorrem desvios no caminho,
Atalhos ou devaneios circulares profanos,
É porque o que aparenta um desvio,
É na verdade o novo rumo do navio,
Que apenas segue seu destino.

Cruzando os mares das vicissitudes humanas,
Norteando-se pelos faróis de luz,
Que sempre mostram-se ao longo do caminho,
Impedindo que os navegantes fiquem perdidos,
E sempre (re)encontrem seu caminho correto.

Que lhe trarão a conclusão de suas rotas navegantes,
Andantes,
Flutuantes.

Com a melhor das coroações sequer por eles almejada,
Com um quê de surpresa e felicidade,
Ficarão aqueles que conseguirem conduzir seus barcos,
Sãos e salvos,
Aos portos das suas cidades,
Destino.


Autor: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

REFLEXÃO SOBRE A FLORESTA INCANDESCENTE

Ainda que nem sempre se possa ver,
As chamas das desigualdades são pungentes,
Cortam, ferem,
Queimam, mutilam,
Destróem sonhos e ideais.

Revoltam e ardem n´alma de todos aqueles que são impedidos de erguer-se,
E ao contrário, forçados são ao chão confinar-se,
Por pura inveja e maldade daqueles que já estão no alto,
No topo de suas fraquezas e vulnerabilidades humanas.

Mas há outras formas de resolver este impasse,
Das inquietações na floresta,
Surgem debates,
Surgem discussões,
Calorosas, frígidas,
Todos se mobilizam.

Cada qual a sua maneira e potencialidades,
Latentes ou afloradas,
Magnânimas ou nojentas,
Asquerosas,
Pérfidas,
Sórdidas,
Fedorentas.

Cada um defenderá o seu quinhão,
Como quem defende o seu próprio território.
Alguns poucos conseguirão,
O sentido universal da disputa,
Captar,
Ouvir Seu doce sussurar,
Dar-Lhes-ão ouvidos,
E engrandescer-se-ão.

Como filhos do Homem serão chamados,
Como filhos de Deus serão aclamados,
Como filhos da Terra serão erguidos,
Como filhos do Cosmos serão lembrados.

E serão estes, poucos a princípio,
Muitos no passar das carruagens incandescentes,
Que unidos como um,
Suportarão a todas as vicissitudes,
Recordar-se-ão de todas as lições,
De todas os bons e maus exemplos que aqueles que já se foram,
Lhes deixaram.

E à luta não fugirão,
A grande batalha travarão,
Seus novos limites e filhos,
Doce e fortemente, defenderão.

E eis que o novo tempo ficou para trás,
Resta agora apenas o presente,
Doce presente de Deus,
A nós legado.

Mostra-se ele em tons de leve dourado, nas bordas.
No centro, áureo é o seu luzir.
No todo, resplandece forte e pleno.
Suportando todo o novo Éon,
Que já chegou.

Autor: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

TRIBUTO À SATHYA SAI BABA

A notícia de Seu falecimento, com surpresa nos pegou,
Resistentes a crer no que nossos olhos liam,
No comunicado oficial, de Sua Sagrada Organização,
Com um quê de perplexidade e de surpresa,
Em um primeiro momento,
Nos deixou.

Em um segundo momento, entretanto,
Iniciamos a recobrar a nossa serenidade,
E lembramos de Seus ensinamentos,
Seu mais doce e rico legado,
Para entendermos este Seu último recado.

E recuperamos,
Mesmo que profundamente entristecidos,
Pela Sua partida,
A lucidez e a felicidade,
Há pouco perdida.

E aos Centros Sai nos conduzimos,
E Seus cantos de louvor e de alegria,
Entoamos,
E cada um, seus dons e atribuições,
Oferta,
E na reunião de todos os nossos esforços,
Sua presença Se fez,
Presente!

A nos reconfortar e encorajar,
A luta não abandonar,
Seus postos de batalha,
Defender,
E não retroceder,
O movimento Sathya Sai,
Não esmaecer.

Pelo contrário, é o que deve ser,
Ilimitado Seu crescimento devemos cultivar,
Para que cada um melhore-se, aperfeiçoe-se,
E torne-se apto a Lhe representar,
A Sua imagem e mensagem,
De puro Amor,
Divulgar e multiplicar.

E agindo assim,
Certamente estaremos, da melhor forma,
A Lhe honrar e homenagear,
Ao contribuirmos, com nossos melhores esforços,
Para Sua Divina mensagem,
Testemunhar,
Exemplificar,
Amplificar.

Para que o mundo,
De fato torne-se,
Um lugar melhor para habitar,
Devemos frutificar,
E Sua doce presença,
Ajudar a espalhar.

Agradecimentos Eternos,
Ao nosso querido Bhagawan Sri Sathya Sai Baba,
O Avatar da Nova Era,
O Educador do Terceiro Milênio.

De todos Seus humildes devotos e aspirantes espirituais,
Com Amor, Carinho e Devoção,
Na certeza da Sua eterna companhia e presença,
Entre nós,
E principalmente,
Em nossos corações!

Que Assim Seja!!!


Por: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

RENASCIMENTOS PASCAIS RENOVADOS

Agradecimentos eternos a Tí dedicamos,
Sim, falo no plural,
Pois plural é Sua mensagem,
E Sua existência,
Nos contempla ao longo de nossas vidas.

Plural.
Singular vida.
Incomparável determinação,
Para o Plano Divino,
Acatar,
Meditar,
Decifrar,
Implementar,
Concluir,
Inovar.

E Seus benefícios,
Conosco e com aqueles,
Que tanto O prejudicaram,
Docemente,
Irmanamente,
Magistralmente,
Compartilhar.

E mais uma vez,
Nos ensinar a perdoar,
Nos ensinar a uma chance a mais dar,
Àqueles, que insistem em ao mau, se dedicar.

É apenas uma questão de tempo,
Ele nos diz,
Para eles, suas condutas mudar.

E nos Seus divinos poderes, clarividentes,
Vê no futuro, suas redenções e arrependimentos,
E por isto, não reage a crucificação,
E permite-se da Vida terrena,
Temporariamente se desligar.

E na conclusão do Plano Divino,
A morte vence e Revive,
Seu corpo físico, retoma,
Seus discípulos, acalenta.

E aos céus retorna,
Em Seu último ato,
Um movimento de Ascenção,
Executa.

E de lá, em Seu Templo Etérico, de Shambala,
Que sobre Jerusalém, se situa,
A nos ouvir, bendizer e auxiliar,
No cumprimento de nossas missões-aprendizes,
Continua.

E anos após ano,
Seu doce legado de Paz e Luz,
No culminar da Semana Santa,
No Domingo de Páscoa,
Revive e perpetua.

Que sejamos sábios e humildes,
Para aceitarmos Sua santa e doce ajuda,
Para curarmos nossas feridas,
Frutos das torturas,
Das batalhas,
Necessárias,
Elas foram,
Para nos purificar,
E a Seu exemplo,
O erro alheio mostrar,
Corrigir,
Disciplinar.

Com rigor e com ternura,
Com força e com brandura,
Ajamos para Sua doce e forte presença,
Por aqui,
Continuar a ancorar,
E honrosamente, representar.


Autor: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ode aos Sonhadores, Visionários e demais Cavaleiros Andantes da História

Aos sonhadores, o céu é o limite,
Da insensatez humana, atroz,
Refazem a história,
Reescrevem a estória,
Revigoram a memória.

Prá que tanta gente,
Que por aqui passou,
E como eu, indignado ficou,
Não sinta-se apenas mais um,
Que a este triste e sórdido sistema,
Fugaz,
Não se adaptou.

E sonhou,
E ousou,
E muitas vezes,
Só ficou.

E suas lutas inglórias, travou,
Seus dragões e moinhos imaginários,
Aos olhos dos outros,
Em seu devido lugar colocou.

E assim, ao final de tudo,
A justiça e a ordem se recobrou,
E ao mundo, sua sanidade,
Novamente outorgou.

E a estes nobres cavaleiros,
Andantes, errantes,
Chorantes, tristantes,
Ruminantes de suas peripécias infortúnicas,
Sobraram, além das lágrimas,
Dos infortúnios e dos amores perdidos,
Os achados d'Alma.

E eis que nestes peitos primaveris,
Reluzia a chave que libertaria, quem diria,
Toda a humanidade, do seu torpor inebriado,
Ao qual se dedicava, há éons e éons e éons.

Assim o foi.
E no agora, porvir iminente do novo florescer,
Revigoram-se as forças dos cavaleiros,
Tanto nos novos, os de agora,
Quanto nos dos tempos de outrora.

Todos estão de novo a fazer-se de pé!
Para juntos, em alto uníssono,
Proclamarem sua santa maestria,
Haurida nas inúmeras batalhas dos campos.

Inglórias, a princípio elas o foram,
Porém, como em bom filme de suspense,
Ação e drama,
Foram temperados com a mais fina sutileza.

Do amor divino, destemidos fizeram-se;
Do humor divino, apreciadores contumazes tornaram-se;
Da sabedoria divina, alunos sedentos beberam-se;
E em Seu doce reinado, saciaram-se.

Deleitando-se, por 1000 anos de tréguas e remansos,
Os eleitos, desfrutando de Sua origem e companhia,
Preponderam a apenas fazer cumprir seu mandato.

Da nova instauração, por aqui,
Da Lei e da Ordem, respeitadas,
Brotarão brotos de temperança,
Em destemidas faces de felicidade.

A perambular por calçadas e becos,
Das cidades e dos vilarejos mais distantes,
A se unir, estarão,
Por pensamentos, atos e palavras,
E assim, servirão,
E seus nobres objetivos, finalmente,
Realizarão.

Autor: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

RETRATO DO HOJE

Não escolhi a solidão.
Ela me escolheu.
Se a aceitei?
Bem, a princípio não, relutei,
Mas depois que percebi o real propósito de tudo isto,
A acatei, e bem a recebi.

Nisto percebi, com a ajuda dos Mestres,
Como é rica a vida interior,
Como ela é um passaporte para a vida espiritual,
Ainda em vida,
Ainda jovem,
Ainda forte,
Percebi o que muitos só percebem depois de um certo tempo,
Quando a morte já os convida a partir.

Então, não tive mais problemas com elas,
A solidão e a morte tornaram-se minhas amigas íntimas,
E mostraram-me suas faces ocultas,
A primeira transformou-se em solitude,
A segunda vive a vangloriar a vida,
Em suas múltiplas formas e encapsulamentos corporais,
Lá está ela,
A Lhe abrigar e reverenciar.

Hoje os vizinhos monitoram minha saída,
E pedem para falar comigo,
Querem acertar as contas do passado,
E pagar-me cada centavo.

Aceito e agradeço,
De conferir a parcela não me esqueço,
E deles me despeço.

Meu caminho volto a seguir,
Para a mata ele me chama,
Meu ônibus já partiu, é preciso correr!

No meio da trilha lá estava ela a se banhar,
Ao sol se dedicava,
E quando percebe minha presença,
Esgueira-se por entre a vegetação rasteira.

Hoje, a princípio quando lhe vejo, ainda sinto medo,
E é normal, afinal, ela pode me morder,
E me fazer sofrer,
Ou até mesmo perecer.

Mas logo o medo passa, pois lembro-me dos ensinamentos de Buda,
E de como Ele lidava com os seres da floresta,
Assim, peço amorosamente para ela ir embora e ela vai,
Ter com os seus, talvez procriar,
Talvez outra vez dormir,
Talvez procurar,
Algo para se manter, se alimentar.

Para seguir meu caminho exito,
Por um momento paro,
Penso em voltar,
Penso nas consequências,
Decido seguir,
Armo-me com um galho de árvore caído ao chão,
Defendo-me de qualquer tentativa de ataque,
Que não mais ocorre,
Passo por ela e sigo meu caminho.

O coração arfa, o medo sobe à garganta,
Ainda ouço seus sussuros ao longe,
Mas não tenho tempo de parar,
Apenas sigo meu caminho,
E nele, lembro-me de antigos compromissos do passado,
E comprometo-me a realizá-los ainda hoje.

Na travessia do rio outro medo,
Ele estava mais cheio que o normal,
As pedras deslizantes e moles,
Impelem-me a desenvolver sabedoria,
Para tudo analisar e as escolhas corretas fazer,
E a travessia novamente bem concluir,
O ideal Paramita realizar.

E ao final da jornada,
Uma voz amiga soa em minha mente,
"Já podes largar o cajado, guerreiro!"

É certo que já podia vislumbrar ao longe as ruas normais da cidade,
Mas minha insegurança, fez-me lho desobedecer,
E ainda mais um pouco, com o cajado andei,
Impunhando-o como arma,
Até que o final da trilha, vislumbrei,
Agradecendo-lhe por mô ajudar,
Na mata o depositei.

E o guardião amigo, sorridente o aceitou.
E assim mais um ciclo se encerrou,
Ciclo este em que no passado,
Pessoas como eu enclausuravam-se em sérios monastérios,
Ou partiam para as cavernas das montanhas, das florestas.

Hoje apenas ficam mais tempo recolhidas em suas casas,
Habitando o interior de seus quarto-escolas,
Para construir e reativar,
As belezas do seu ser interior,
E nele voltar a habitar,

Sem necessariamente,
Radicalmente,
Do mundo se desligar.

Autor: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ode ao Mestre Jesus Sananda

Jesus, Alegria dos Homens,
E Mulheres de Boa Vontade,
Saudado Seja!!!

Divino Irmão,
Divino Mestre Maior,
De Sua Luz infinita,
Resplandesce o Cruzeiro do Sul.

De Sua Paz Magnânima,
Vislumbram-se sinais de Sua magia,
Ao espargir-Se de Seu peito sagrado,

A todos chega,
A todos acolhe,
A todos acalma,
A todos espera.

Pacientemente, docemente,
Nos espera,
Até que a maturação ocorra,
Até que prontos estejamos.

E da nossa luta, não declinamos,
Não!!!
Prontos e aptos aqui estamos,
Prá que se cumpram todos os desígnios.

Que devem e possam ser por nós ancorados,
Para que Sua Sacrossanta imagem,
Continue a por nossos peitos imaculados,
Redimidos por sua Divina Misericórdia,
Fluir livremente,
Alegremente,
Servir.

Para que o propósito, seja alcansado,
Para que tudo, tudo, seja consumado,
Para que os justos e puros de coração,
Perseverem e persistam.

No caminho,
Muitos desvios há,
Muitas armadilhas também,
Muitas escolhas devem ser feitas.

E sobretudo, acertadas
Elas o serão, àqueles que Mo seguirão,
De perto e ao longe,
De súbito e longamente.

Assim o falou,
Seu Divino Mestre,
Jesus Sananda!!!

Autor e Canalizador: Wanderley Marcos do Nascimento
(Permitida a divulgação, desde que citada a fonte.)